Petrucio Ferreira dos Santos conquistou o ouro nos 100 metros rasos nas Paralimpíadas de Tóquio e se tornou bicampeão, repetindo o feito obtido no Rio de Janeiro, em 2016, na classe T46/47 (para atletas com deficiências nos membros superiores), mas agora de modo mais especial. O tempo de 10s53, afinal, o fez melhorar o seu recorde da prova nos Jogos Paralímpicos, que era de 10s57. Além disso, ele já era o recordista mundial da prova, com 10s42.
O bicampeão paralímpico não teve uma grande largada, mas conseguiu assumir a liderança nos metros finais. Depois, dedicou a vitória ao técnico Pedrinho Almeida.
Eu tive uma pequena DR com meu treinador, perguntei se ele confiava em mim. E dedico essa vitória a ele, que está comigo desde 2014 e pediu para eu correr com a cabeça”, disse, em entrevista ao SporTV, o paraibano de São José do Brejo da Cruz.
O pódio dos 100 metros também teve a presença de outro brasileiro, com Washington Junior em terceiro lugar. Ele fez ótima largada, liderou o início da prova e se esforçou muito, mas acabou sendo superado por dois adversários. Ainda assim, garantiu um lugar no pódio e terminou com o tempo de 10s68.
O polonês Michal Derus ficou com a prata com a marca de 10s61. O brasileiro Lucas Lima, que também disputou a final, ficou em sexto lugar com o tempo de 11s14.
Petrucio acumula grandes resultados na carreira. Nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, o brasileiro faturou três medalhas, uma de ouro nos 100m, uma de prata nos 400m e outra de prata no revezamento 4×100 metros. E com tantos feitos, foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Tóquio. Agora, viveu mais um momento histórico no Japão.
Em 2019 no Mundial de Dubai, ele faturou ouro nos 100m e 400m. No Parapan de Lima, o atleta conquistou o ouro nos 100m e a prata nos 400m. Além disso, é o atual recordista mundial nos 100m e 200m.
Imagem: Alê Cabral/CPB