A primeira competição da modalidade contou com a participação de 40 surdoatletas, moradores do DF e Entorno. Com perda de audição bilateral acima de 55dB, eles se comunicam por meio da linguagem de sinais.
O evento esportivo faz parte da programação dos Jogos Abertos de Surdos do Distrito Federal (JASDF), que recebe aporte financeiro da Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR/MEsp), por meio de emenda parlamentar da senadora brasiliense Leila Barros (PDT/DF).
“Nunca participei de uma competição como essa. É muito gratificante incentivar crianças com os mesmos problemas a evoluírem”, disse Pedro Moraes, 38 anos, surdo desde o nascimento, em razão de sua mãe ter contraído rubéola na gravidez.
“Estou aqui para incentivar, passar segurança aos atletas e fomentar a modalidade”, ressaltou a atleta paranaense Josiane Poleski. A surdoatleta já foi medalhista em competições estaduais, vice-campeã na Copa Sul no individual e campeã feminina em dupla.
“Este momento é muito simbólico para o Ministério do Esporte, pois representa a união de esforços dos três poderes e da sociedade civil. É muito relevante termos forças parlamentares entendendo a importância de eventos como esse, que precisam ser fomentados e evidenciados. Todo esse esforço faz parte de uma rede. Juntos, vamos transformar, modificar e impactar positivamente a vida das pessoas”, afirmou a diretora de Projetos Paradesportivos de Educação, Lazer e Inclusão Social, do MEsp, Nayara Falcão.
A comunidade surda no DF é estimada em 97 mil pessoas, das quais cerca de 25 mil usam a linguagem de sinais para se comunicar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de pessoas surdas, no Brasil, passa dos dez milhões, de acordo com o IBGE. Mesmo com a lei que determina o uso da Libras, Língua Brasileira de Sinais, essas pessoas ainda enfrentam muitas dificuldades para acessar serviços básicos do dia a dia, fornecidos por empresas, órgãos e entidades.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
