Meta batida: Paraíba conquista 60 medalhas nas Paralimpíadas Escolares em São Paulo

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As Paralimpíadas Escolares foram finalizadas, nesta sexta-feira (26), na cidade de São Paulo. Na disputa, o time paraibano – composto por 51 atletas – obteve 60 medalhas, sendo 33 de ouro, 15 de prata e 12 de bronze. O resultado superou a meta estabelecida pela coordenação da delegação que havia previsto 50 conquistas.

O evento reuniu cerca de 1,5 mil participantes oriundos de todos os estados do Brasil mais o Distrito Federal. Desse total, a Paraíba contou com 80 membros em sua delegação, sendo destes, 51 atletas, todos com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer.

As Paralimpíadas Escolares retornaram, após o cancelamento da competição, em 2020, por conta da Pandemia da Covid-19. Apesar do evento ser uma retomada, o que se viu nos locais de competições divididos no complexo esportivo do Centro Paralímpico Brasileiro, onde as disputas foram realizadas, foi uma demonstração importante da força do paradesporto nacional, onde a Paraíba é destaque.

Por conta da impossibilidade de realização das etapas regionais e a estadual dos Jogos Paraescolares da Paraíba, a delegação do estado acabou chegando em São Paulo com um número reduzido em relação às edições anteriores do evento. Ainda assim, o estado, que já revelou diversos medalhistas paralímpicos e mundiais como Cícero Valdiran, Petrúcio Ferreira e Silvana Fernandes, demonstrou, mais uma vez, sua força no paradesporto.

Para Jean Azevêdo, chefe da delegação paraibana e coordenador de paradesporto da Sejel, diante de todas as dificuldades encontradas nesse ciclo de mais de um ano em meio à pandemia da Covid-19, o saldo da competição para a Paraíba foi excelente e o estado colherá bons frutos dessa participação nas Paralimpíadas Escolares.

“As Paralimpíadas Escolares são o principal revelador de talentos para o paradeporto no Brasil. Para nós da Paraíba, mais uma vez, saímos daqui sabendo que fizemos uma grande competição e que todo o esforço para poder trazer essa garotada para São Paulo valeu a pena. Tivemos resultados excelentes e grandes talentos sendo mostrados para o país. Nossa equipe bateu cinco recordes escolares no atletismo e tivemos um atleta convocado para a Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas. Contudo, acima de tudo isso, o mais importante é a oportunidade de vida que essas crianças, jovens e adolescentes estão tendo aqui. Tenho certeza que esses jogos mudaram a vida delas e que dessa delegação saíram grandes campeões paralímpicos para a Paraíba”, afirmou Jean Azevêdo.

Para o diretor técnico da delegação paraibana, Gilmar Araújo, “a ajuda do Governo do Estado foi fundamental porque foi o responsável pelo envio da delegação, arcando com todas as passagens, gerando um grande investimento”.

O secretário executivo de Esporte e Lazer, José Marco, comemorou bastante a conquista das 60 medalhas e destacou o esforço dos paraibanos. “É motivo de muita alegria e comemoração essa participação paraibana nas Paralimpíadas Escolares em São Paulo. Se a própria direção acreditava atingir 50 medalhas e na prática conseguiu 60, então provou o grande potencial e, por isso, o Governo do Estado acredita sempre na força do paradesporto paraibano”, frisou José  Marco.

Desempenho por modalidade 

Atletismo: Entre modalidades individuais, o Atletismo foi responsável por 37 medalhas, além de mais cinco recordes escolares. Nesse esporte, três paratletas nascidos em Areia foram destaque. Juntos, eles obtiveram 9 medalhas de ouro, três para cada. Ruth Vitória Nascimento competiu no Sub-14, José Mariano de Sales Silva no Sub-16 e José Leonel Cândido de Lima também no Sub-14.

Ainda no Atletismo, Francisco Cordeiro de Lima, natural de João Pessoa, assim como Luiz Antônio da Silva Bezerra, do município de Várzea, no sertão do estado, conquistaram três medalhas de ouro para a Paraíba. Além desses atletas, mais 8 membros do time da modalidade obtiveram medalhas para a delegação paraibana.

São eles: Alane Ellen Medeiros de Oliveira (Baía da Traição –  1 bronze); Arthur Sepryano Rocha Rodrigues (João Pessoa – 2 ouros e uma prata); Emilly Rodrigues de Fontes (João Pessoa – 1 ouro e 2 pratas); Hilary Esmeralda Alonso da Silva Melo (Itabaiana – 2 pratas e 1 bronze); Jonatas Luiz dos Santos Silva (Santa Rita – 1 ouro); José Marcos Martins (Cabedelo – 2 pratas e 1 bronze); Maria Heloise Dias Barbosa (João Pessoa – 1 ouro e 1 prata) e Maycon Araújo Ferreira da Silva (São João do Cariri – 2 ouros e 1 prata);

Natação: A natação foi a segunda modalidade que mais trouxe medalhas para a Paraíba. Ao todo, foram 10 conquistas para o estado nas piscinas do Centro Paralímpico Brasileiro. O principal destaque veio de Campina Grande, com Lara Fernandes de Farias. Disputando três provas, ela levou para casa três medalhas de ouro.

A equipe da natação ainda obteve mais dois ouros, um com Daniel Costa Carvalho Martins e outro com Guilherme Soares dos Santos, ambos de João Pessoa. Também natural da capital, outro destaque ficou para Marcone João de Sousa Júnior, que conquistou uma prata e dois bronze. Fechando as conquistas nas piscinas, Carlos Eduardo Santos Cruz, natural de São Bento, subiu ao pódio duas vezes para receber medalhas de bronze.

Bocha: Uma das modalidades mais tradicionais do paradesporto é a bocha. Nela, a Paraíba também segue como referência. Por equipes, foi nessa modalidade que o estado teve o seu melhor desempenho nessa edição das Paralimpíadas Escolares: o terceiro lugar geral.

O resultado veio graças às cinco medalhas conquistadas pelo estado. Laíssa Polyanna Guerreira da Silva, de Campina Grande, conquistou a medalha de ouro e foi um dos destaques do evento. Ícaro Araújo Barbosa (Lagoa Seca), Natanaeli Alves Celestino (Alagoa Grande) e Alehandro da Silva Monteiro (Areia) ficaram com a prata em suas classes. Por fim, com um bronze decisivo para o pódio geral da Paraíba, veio Heloísa Ramos de Lima, de João Pessoa.

Basquete 3×3 em cadeira de rodas: O basquete foi a única modalidade coletiva na qual a equipe paraibana obteve medalhas nessa edição das Paralimpíadas Escolares. Por conta da não realização das seletivas no estado, a convocação das seleções paraibanas para as competições de esportes coletivos foi um dos eixos mais prejudicados. Ainda assim, no basquete a equipe surpreendeu a própria coordenação da delegação, pois a equipe foi formada com apenas um atleta veterano e, mesmo assim, conseguiu vencer adversários com conjuntos fortes e mais experientes para ficar com o bronze. O time paraibano foi formado por:  David Athos Santos Morato (Monteiro), João Vítor Santos da Nóbrega (Cuité), José Gabriel Honorio da Silva (Monteiro); Jovanio de Lucena Souza Filho (Cabedelo) e Vinícius Vicente de Albuquerque (João Pessoa). Jovanio, graças ao seu desempenho individual, foi convocado para um camping da Seleção Brasileira, que deve ocorrer em janeiro do próximo ano, no Centro Paralímpico Brasileiro, novamente em São Paulo.

Judô: O Judô paraibano também é uma tradição nas Paralimpíadas Escolares. Por isso, a modalidade era esperança de medalhas e elas vieram. Foram três nesse esporte, um ouro com Maria Eduarda Alves de Sousa, natural de João Pessoa, além de dois bronzes com Salete Helen Nóbrega Bezerra de Campina Grande.

Badminton: No Badminton, a Paraíba fez bonito mais uma vez. Nas disputas acirradas desse esporte com a peteca, o estado conquistou duas medalhas de prata. As conquistas foram de Saymon Max Gomes da Silva (João Pessoa) e Vitória Régia Leite de Sousa (Mamanguape).

Tênis de Mesa: Mais um esporte tradicional nas disputas paralímpicas, o Tênis de Mesa foi responsável por mais duas medalhas para a Paraíba, ambas na classe CT10, na qual Isllane Lavínia Alves dos Santos ficou com o bronze e a equipe do estado levou a medalha de ouro.

Futebol de 5 e Parataekwondo: No Futebol de 5, a Paraíba é uma das principais forças do país. O jovem time do estado, nessa edição das Paralimpíadas Escolares, acabou sendo eliminado ainda na primeira fase. Já no Parataekwondo, o atleta que havia sido inscrito acabou desistindo e não integrou a delegação que viajou até São Paulo.

Foto: Divulgação SECOM

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