A oposição do Botafogo-PB conquistou uma importante vitória na Justiça na tarde desta quarta-feira. É que a desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti negou o recurso interposto pela diretoria do Belo, que defende que seis sócios do clube paraibano não tinham direito a voto na Assembleia Geral que elege o novo Conselho Deliberativo do clube.
No dia 11 de outubro, esses sócios – Valéria Vieira Coutinho, Amanda Rodrigues, Carolina Vieira Coelho Lobato, Yuri Simpson Lobato, Paulo César Dias Coelho e Thaise Maria Chaves de Oliveira – tiveram ganho de causa em primeira instância após todos ingressarem com uma ação para que fossem reconhecidos como sócios do Botafogo-PB e, portanto, tivessem direito a voto na Assembleia Geral do clube, que, naquela ocasião, iria eleger o Conselho Deliberativo.
![Trecho da decisão — Foto: Reprodução](https://s2.glbimg.com/TNQP94cEMwgHmJm1dppxSUeklPk=/0x0:693x470/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2020/d/W/iCksenS3OAgwo73RsC2g/decisao.jpg)
Trecho da decisão — Foto: Reprodução
Todos entraram com uma ação porque a Comissão Eleitoral, responsável por organizar parte das eleições, não considerou que esses seis sócios tinham direito a voto, visto que, segundo ela, eles não tinham provado à Comissão que eram sócios desde pelo menos um ano antes da data da Assembleia Geral, marcada para o último dia 11, requisito básico para o associado ter direito a voto.
Após o pleito do dia 11, que acabou não terminando, em virtude de uma outra liminar que não pôde ser cumprida integralmente, a diretoria do Botafogo-PB, que disputa o poder com a oposição nas eleições, entrou com um recurso para cassar a liminar.
Segundo a desembargadora, “o que se conclui do acima esmiuçado é que, pelo menos até este momento, os autores/agravados trouxeram provas a demonstrar o respectivo ingresso no quadro de sócios um ano antes do pleito eleitoral em curso, estando aptos a votar, de acordo com os requisitos do art. 45 do Estatuto do Clube; enquanto o clube/agravante ventila tese de fraude no sistema ainda carente da necessária comprovação, demandando, pois, averiguação durante uma instrução processual”.
![Amanda Rodrigues, ex-secretária de finanças do Governo da Paraíba, nas gestões Ricardo Coutinho (PSB) e João Azevêdo (Cidadania), foi uma das autoras da ação — Foto: Divulgação](https://s2.glbimg.com/QfHJjOzF3vcsZFNdDC4u-GesmlA=/157x42:477x235/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2020/S/9/PBe9JtTfKuXUaB0akbTw/amanda-rodrigues.jpg)
Amanda Rodrigues, ex-secretária de finanças do Governo da Paraíba, nas gestões Ricardo Coutinho (PSB) e João Azevêdo (Cidadania), foi uma das autoras da ação — Foto: Divulgação
O embate político e jurídico entre oposição e situação não parece estar perto do fim e ganhará mais um capítulo no domingo. É que a oposição, que entende que a Assembleia Geral realizada no último domingo no clube, com presença quase que apenas de representantes da oposição – mas, ainda assim, a maioria dos sócios do Botafogo-PB -, valeu como eleição para o novo Conselho Deliberativo. Alcedo Gomes, que fala como novo presidente eleito do CD, aliás, convocou para este domingo a eleição para presidente da Diretoria Executiva.