Recentemente, o ASA-AL de Arapiraca oficializou um pedido para que a CBF criasse mais uma divisão nacional, que seria a Série E. O objetivo do pedido seria dar mais oportunidades para que equipes sem divisão obtivessem calendário após a disputa dos respectivos estaduais. A ideia foi apresentada pelo presidente do clube alagoano, Rogério Siqueira em agosto.
Atualmente existem quatro divisões: a Série A que é a principal divisão onde estão os clubes da elite e possuem maior premiação. A Série B, divisão de acesso para a primeira divisão, a Série C e por último a famigerada Série D. As três primeiras são compostas por vinte equipes enquanto a última comporta atualmente 64 times. Hoje a Série D é a porta de entrada para as competições nacionais, e para se classificar para esta competição, precisaria ser campeão estadual, vice (dependendo da federação), e não estar disputando nenhuma das divisões anteriores.
O pedido do clube alagoano é bem simples: manter a quarta divisão com 20 clubes nos mesmos moldes da atual Série C e criar a Série E, a quinta divisão, mantendo o atual formato da Série D (64 clubes). O objetivo foi de convencer a CBF de que seria importante incluir mais clubes na pirâmide das competições nacionais, com calendário garantido ao longo do ano. A mudança teria seus efeitos a partir de 2025 e estaria em pleno funcionamento até 2027.
Ofício PRE nº 1646 – 2024 – Ata da Reunião Extraordinária da CNC – Série D e EBaixar
A ideia ganhou adeptos após provocação do CNC – Comissão Nacional de Clubes durante o processo de definição do Calendário Nacional de Competições da CBF. O presidente da entidade máxima do futebol do país, Ednaldo Siqueira, alegou que não há recursos para a criação de mais uma série nacional. Pontuou que o atual formato da Série D já vem sendo alvo de inúmeras variações, e que “o atual formato assegurou maior inclusão em razão do número de participantes e substancial elevação da rentabilidade” para os clubes que a disputam.
Apesar da negativa, a CBF deixou em aberto a possibilidade de discutir o modelo no futuro “caso sejam apresentados razões e fundamentos que justifiquem a modificação”. No entanto, os clubes que estão “sem divisão” não pararam por aí. Otimistas, acreditam que a mobilização dos clubes sensibilizará o presidente da CBF para a criação da Série E.
Atualmente, o DF possui hoje apenas duas vagas na Série D, o que significa que em 2025, dos dez participantes do Candangão, apenas dois terão calendário garantido em 2026, obrigando oito equipes a ficarem sem atividades por nove meses. São os casos das duas equipes mais tradicionais de Brasília (Gama e Brasiliense). Como ficaram em terceiro e quarto lugar respectivamente no Candangão deste ano, a dupla terá apenas a disputa do estadual durante o ano de 2025. Juntos os clubes somam 24 títulos locais.
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