De um lado a expectativa de voltar à final do Campeonato Paraibano após 16 anos e a confiança em manter a invencibilidade em casa após empatar a ida fora.
Do outro a tradição da portentosa camisa raposeira e a esperança de que a mística rubro-negra, de time de chegada, vai aparecer depois de uma semana turbulenta nos bastidores.
Cercados desses sentimentos, Atlético de Cajazeiras e Campinense se enfrentam logo mais, às 17h, num estádio Perpetão certamente lotado, para decidir qual será o primeiro finalista do estadual de 2019.
A peleja de ida acabou 1 a 1, no domingo passado, no Amigão. Hoje, quem vencer avança à final e, de quebra, garante vagas na Copa do Brasil e na Série D do Brasileiro de 2020. O empate, independente da quantidade de gols, leva a decisão para os pênaltis.
Pelo lado do Trovão Azul, o técnico Ederson Araújo tem todo o elenco à disposição. O ala Jackinha, ex-Campinense, e o atacante Soares, livres de suspensão, devem voltar ao time. Durante a semana, a diretoria atleticana ainda conseguiu um efeito suspensivo junto ao STJD e o volante Romerito poderá atuar.
O principal desafio do treinador azulino durante a semana, além de montar as estratégias para a partida, foi conter os ânimos dos jogadores para evitar o clima de “já ganhou”, sentimento flagrante nos desportistas cajazeirenses.
Campinense
Pelo lado rubro-negro as “dores de cabeça” do técnico Francisco Diá se estenderam de dentro para fora de campo.
O treinador não poderá contar com pelo menos quatro titulares: o lateral direito Neilson e o zagueiro Jean, além dos atacantes Dênis e Chaveirinho, todos suspensos.
Para terminar de completar, o meia Álisson Xabala lesionou a coxa e contraiu uma virose na última quinta-feira e se juntou ao atacante Warlei no Departamento Médico.
Como se não bastassem essas dificuldades para montar o time, Diá precisou lidar com uma das mais turbulentas semanas até então nos bastidores, com discussões políticas, falta de comando em relação à parte administrativa do clube e o principal: a falta de dinheiro para saldar os salários atrasados da comissão técnica, jogadores e funcionários.
Parta das pendências financeiras foram resolvidas na noite de sexta-feira, o que deixou a delegação da Raposa tranquila para viajar. A equipe desembarcou em Sousa no início da tarde de ontem e iniciou o regime de concentração para a partida.
Arbitragem
A mediação de Atlética de Cajazeiras x Campinense estará no apito do paulista Rodrigo Batista, de 28 anos, integrado aos quadros da FPF-PB em janeiro. Ele contará com as assistências dos paraibanos Kildenn Tadeu e Paulo Ricardo, com Gustavo Estevam e Arkilson de Lima ficando como árbitros reservas.
Prováveis escalações
Atlético de Cajazeiras: João Emanuel, Felipe, Renan, Egon e Jackinha; Ferreira, Romerito, Gabriel Mendes e Marcinho; Soares e Bruno. Técnico: Ederson Araújo.
Campinense: Wagner Coradin, Gustavo, Richardson, Henrique Mattos, Jean e João Victor; Cléber, Romeu, Dedé e João Paulo; Lopeu. Técnico: Francisco Diá.