Foto: estadio presidente vargas/
Nos bastidores do Treze Futebol Clube, a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) segue como pauta central, mas o caminho até concretizar o modelo de gestão depende de etapas importantes — a principal delas, neste momento, é o processo de Recuperação Judicial (RJ), iniciado recentemente. A medida visa reorganizar as finanças e quitar dívidas que impedem a atração de investidores interessados em assumir o comando administrativo e financeiro do Galo.
A primeira reunião para tratar da RJ ocorreu na última quarta-feira (30), com a convocação de uma assembleia entre clube e credores. No entanto, o plano de pagamento apresentado pela diretoria alvinegra não foi bem recebido pelos credores, o que levou à solicitação de adiamento da assembleia para o mês de setembro.
Durante entrevista ao podcast Super Papo Trezeano, o presidente do clube, Artur Bolinha, comentou o cenário atual e detalhou o andamento do projeto da SAF. Segundo ele, o Estádio Presidente Vargas deverá ser utilizado como uma das garantias patrimoniais para viabilizar a chegada de investidores.
— Sem a garantia patrimonial, eles (investidores) não vêm, porque é o mínimo de segurança que precisam, diante de todo o investimento que pode ser feito — afirmou Bolinha.
O dirigente citou o caso do Santa Cruz como referência. No clube pernambucano, os investidores só aceitaram fechar o acordo após terem o Estádio do Arruda como patrimônio vinculado à SAF, evitando riscos de interferência futura por parte da associação civil. A intenção, segundo os investidores, é realizar melhorias em estruturas próprias, sem depender de cessões temporárias ou terceiros.
A direção do Treze reconhece que a RJ é um passo delicado, mas necessário para a reestruturação do clube. Caso aprovada e efetivada, a SAF representaria uma mudança profunda na forma como o Galo opera e poderia garantir mais solidez financeira e técnica para os próximos anos.
Com a nova data da assembleia prevista para setembro, os torcedores aguardam com expectativa o desfecho do processo que pode definir o futuro do clube centenário de Campina Grande.
Informações: Globo Esporte PB