Aldeone revela desafios financeiros frente às SAFs para montar Sousa competitivo em 2026

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O advento das Sociedades Anônimas do Futebol construiu uma nova visão de mercado no Brasil. As diferenças de investimentos entre os clubes que aderiram ao modelo de negócio e os que não trilharam o mesmo caminho influenciam diretamente no planejamento dos dirigentes. O Sousa é um desses exemplos, e o presidente Aldeone Abrantes destacou as dificuldades impostas pela era das SAFs.

Campeão estadual nos últimos dois anos, o Dinossauro vai em busca do seu quinto título estadual na próxima temporada. Além disso, a equipe sertaneja vem conquistando notoriedade não apenas na Paraíba, mas também no cenário nacional. Mesmo com um calendário recheado e brigando por mais conquistas, o Alviverde tem enfrentado dificuldades para contratar.

— Está trabalhoso, pois hoje em dia, com o advento das SAFs… todo lugar tem SAF hoje. O atleta hoje, a média salarial está muito alta. Como o Sousa não é SAF, é uma equipe que sobrevive através dos seus resultados, nós não temos tanto dinheiro assim — afirmou Aldeone.

Fora as conquistas estaduais, o Sousa vem se destacando nacionalmente. Em 2024, o clube avançou até a 3ª fase da Copa do Brasil, campanha que garantiu aos seus cofres R$ 3,9 milhões. Nesta temporada, o Alviverde acabou eliminado na estreia para o Bragantino, faturando R$ 830 mil. Com a vaga garantida na próxima edição, só por participação, o Dinossauro deve lucrar pouco menos de R$ 1 milhão.

Os sertanejos também disputaram as duas últimas edições da Copa do Nordeste. Eliminado na 1ª fase do pré-Nordestão, em 2024, o Sousa não garantiu uma premiação muito elevada. Na atual temporada, a equipe disputou a fase de grupos, mas acabou não avançando ao mata-mata. Apesar dos resultados tímidos, faturou R$ 1,425 milhão, somando as cotas das campanhas.

Saindo da região Nordeste, o Dinossauro disputa a Série D do Campeonato Brasileiro há cinco temporadas e está garantido na edição de 2026. Na atual temporada, mesmo eliminado na fase de grupos, o clube faturou R$ 458 mil. Em entrevista ao Futebol para Todos, Aldeone ressaltou que, apesar das dificuldades, o Alviverde vai seguir tentando montar elencos competitivos.

— Temos que ter, ao mesmo tempo que responsabilidade, uma equipe forte. Porque tem Copa do Nordeste, Copa do Brasil, está defendendo o bicampeonato estadual, o tri consecutivo e o penta geral, e também tem uma Série D que vem complicada, com esse aumento de clubes. Isso exige que você tenha um time forte. Time forte, hoje, não é barato. Mas o Sousa vai sobreviver e vamos vir com um time bastante competitivo para 2026 — garantiu o dirigente.

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